miércoles, 10 de noviembre de 2010

MACUNAÍMA: A TEORIA HISTÓRICA DO BRASIL



Mário de Andrade é considerado um escritor completo e inigualável, um dos maiores renovadores da cultura nacional na primeira metade do século XX . Iniciou pesquisas e cursos de etnografia e folclore, desenvolveu estudos da língua. Com a semana de Arte Moderna de 1922, da qual foi um dos organizadores, seu nome se projetou em todo o país como um líder do modernismo...

Enfim, com essa introdução nem tão “bajuladora”, mas sim até modesta se for levado em conta a tamanha importância que ele possui, tanto como formidável escritor, quanto de sua obra aqui citada: “Macunaíma o herói sem nenhum caráter”, ele torna-se fundamental para o entendimento da cultura brasileira como um todo , e também da própria evolução desta .

Como é conhecido, “ Macunaíma” nada mais é do que uma bem organizada cópia de vários outros livros que variam desde culturas de povos indígenas que viviam nas margens do rio Orinoco até livros que retratam, com um pensamento filosófico, a realidade do capitalismo (“Não tem senão dois capítulos meus no livro , o resto são lendas aproveitadas com deformação ou sem ela...” - Mário de Andrade in: “ A lição do amigo”) . Sendo assim, Mário de Andrade retrata nesse romance - que é classificado com “rapsódia” (soma de temas tirados do povo), a realidade vivida pela sociedade brasileira no começo deste século, em que se percebe, quando comparada, que não é muito diferente da vivida atualmente (o começo e a perpetuação da dominação de outras culturas sobre a brasileira).

O livro narra a história de um índio chamado Macunaíma (“No fundo do mato-virgem nasceu Macunaíma, herói de nossa gente... Houve um momento em que o silêncio foi tão grande escutando o murmurejo do Uraricoera, que a índia tapanhumas pariu uma criança feia...”) sua vida, seus “tropeços” e, em um determinado momento do livro, há uma ação que se torna o tema central do livro : a procura da pedra MUIRAQUITÃ - que nada mais é do que a própria cultura brasileira representada na forma de uma pedra muito preciosa , a qual somente as “índias amazonas” teriam acesso - somente estas sabiam onde encontrar e como encontrar - e que é também muito cobiçada pelos “estrangeiros” : os recém chegados italianos , que são representados por Venceslau Pietro Pietra. E , na luta entre Macunaíma e Venceslau é que o livro todo se desenvolve.

Mas, Mário de Andrade não queria tão somente escrever uma estória sobre as “peripécias de um índio”, este projeto era sobre algo muito maior e muito mais sério e real: a retratação real da cultura brasileira existente - se é que ela é existente (“Meu Macunaíma nem a gente pode bem dizer que é indianista. O fato dum herói principal de livro ser índio não implica que o livro seja indianista. A maior parte do livro se passa em S.Paulo. Macunaíma não tem costumes de índios, tem costumes inventados por mim e outros que são de várias classes de brasileiros. O que procurei caracterizar mais ou menos foi a falta de caráter do brasileiro... - in obra já citada). E para isso, fez uso dos livros de vários teóricos sobre esse assunto, mas são dois que exerceram uma real influência para a realização deste livro: Johann Gottfried Herder e Oswald Spengler.

Mário de Andrade utiliza a obra de Herder no que esta diz respeito à sua teoria sobre cultura. Herder defende a dialética da realidade - assim como Hegel e Marx - todas as coisas no mundo conhecem o processo de transformação. E, quando se faz um paralelo com “Macunaíma”, percebe-se o quanto isso é presente na história: a transformação passada pelo índio que começa como herói e ao final transforma-se no seu próprio inimigo - próprio vilão; é o considerado “anti-herói”. A transformação sofrida pelo personagem que começa como índio, que é uma representação do real povo brasileiro, e que quando vai para a cidade em busca da pedra Muiraquitã (que foi roubada por Venceslau Pietro Pietra), torna-se outro, é seduzido pelas novidades introduzidas pelos estrangeiros na cidade: fábricas, automóveis... E assim perde a sua ingenuidade para deixar-se levar pela cultura estrangeira. Mário de Andrade afirma que “o estrangeiro está na história para corromper. Este vêm para destruir uma cultura já existente” - e é o que realmente este livro afirma. Herder também afirma que uma determinada cultura é composta pelos seguintes elementos: geografia ( natureza) - raça - povo. A natureza é o molde da raça e, esta se manifesta através de uma determinada cultura. Com isto pode-se chegar a seguinte conclusão: que no Brasil, antes do descobrimento, já havia uma cultura - que era indígena - e que é a “real cultura do Brasil”, já que levando em conta essa teoria, a cultura aqui imposta pelos europeus é, logicamente, a deles e não é respeitada a ordem geografia - raça – povo, nessa imposição. Mas, pior que essa “obrigação” foi o que aconteceu com o passar do tempo: a aceitação/absorvição desta cultura estrangeira em lugar da cultura genuína brasileira, o que fez com que o Brasil fosse uma mera reprodução (muito mal feita, aliás) da cultura européia. E, para que esta argumentação fique melhor explicitada, é necessário que se exponha ao modo Herderiano de ver, o que é cultura: “ É a construção de um discurso simbólico, é o conjunto de informações reunidas por um povo”. Mário de Andrade faz uso desta definição no que diz respeito na própria organização textual do livro: ele utiliza toda a cultura brasileira - as denominadas “tradições regionais” - mesclando-as e o que deixa a mostra é a grande variação lingüística encontrada, o grande número de palavras que são sinônimos e que possuem uma estrutura gramatical completamente diferente, comprovando que a cultura popular é muito rica aqui (“tendência especializada em trabalhar a substância brasileira”) E, sobre esse fator língua, Herder também deixa bem exposto seu caráter nacionalista e que acompanha sua obra - e, claro “Macunaíma”. Para aquele, “A verdade de um povo está no idioma”. Esta afirmação ainda encontra força na argumentação da imposição européia: o português falado aqui é uma das “culturas” absorvidas pelo Brasil, que antes da colonização européia, falava as línguas indígenas. Enfim, essa afirmação de Herder deixa bem a mostra o já citado caráter nacionalista existente na obra de Mário de Andrade. É por essa importante característica que ele faz uso de suas teorias em “Macunaíma” - que se transforma também por isso uma biografia do Brasil (“principal objetivo da obra, que é estudar em profundidade o temperamento brasileiro”).

Mário de Andrade faz uso da teoria de Spengler no seu livro no que, também, diz respeito a cultura e a História de um povo. Segundo sua teoria, sobre a história, não existe a considerada “História Universal”, mas sim apenas “histórias nacionais” - e somente aqueles povos que possuíram uma verdadeira história é que conseguiram desenvolver uma cultura sólida: sem ou com uma ínfima interferência de outras culturas (geralmente, esses povos - que são, para Spengler, encontram-se entre 7 e 8 que existiram na face da Terra - dominadores e exploradores. Ou seja, a colonização é um fator muito importante, ou quase que determinante para que uma cultura exista e permaneça). Seguindo esse raciocínio e aplicando-o aqui no Brasil percebe-se que este não possui história, e por conseqüência, muito menos cultura ( havia, mas a absorção da imposta foi tamanha que anulou qualquer possibilidade de reação), e quando esta tentou a reação foi interceptada pela chegada dos italianos (começo do século XX), acabou não resistindo e cedeu por completo. Apesar de tudo isto, Mário de Andrade continuava acreditando no movimento Modernista e na guinada da cultura brasileira: “O Brasil é a civilização do próximo milênio, já que a Europa está morta...”.

Spengler ainda aparece em “Macunaíma” quando este se faz representar a “grande alma” brasileira - que é necessária para o desenvolvimento da história/cultura de um povo, porém, quando aquele vai para São Paulo e entra em contato com outra cultura absorvendo-a de maneira feroz, perde sua “brasileiridade”, e quando acontece o “afastamento das raízes, uma cultura morre” (Spengler, in: “A decadência do ocidente” ). E foi o que justamente aconteceu e que Mário de Andrade deixa exposto nessa magnífica obra. O teórico ainda possui um gráfico que condensa bem toda sua teoria sobre o desenvolvimento da história e da cultura:

Como já foi dito, para Spengler (e também de certa maneira para o próprio Herder) o nascimento da grande alma determina a geração de uma nova cultura que nasce e, quanto mais esta se afasta de suas raízes rurais e míticas, vai perdendo seu porquê de existir, morrendo. A decadência da cultura ocorre no ápice da industrialização, pois nessa fase não há mais qualquer lugar para o mítico, para o lúdico.É exatamente este o esquema desta obra modernista e sempre atual: Macunaíma nasce grande alma, conhece a civilização, decai abandonado pelos deuses da floresta e morre sozinho e inútil.

“Macunaíma o herói sem nenhum caráter” vêm mostrar que o Brasil já possuiu uma cultura própria riquíssima, mas que deixou-se enfeitiçar pelas “maravilhas” que a Europa proporcionou, e assim nossa cultura morreu. O próprio índio Macunaíma o qual iria criar a civilização brasileira não resistiu ...

Porém, Spengler também dá a solução para o problema do Brasil e das culturas da América do Sul: já que todas sofreram o mesmo “abafamento” através da colonização: deve ser implantado nesses países o sistema denominado de “Ócio Criador” que nada mais é do que o inverso do sistema europeu: a não acumulação de riquezas, portanto, o trabalho não sendo necessário, ajudaria a desenvolver uma maior criação da cultura. Deve-se essa característica ao caráter tropical destes países.

Enfim como pode-se perceber ao final desta analise das referidas teorias históricas, pode-se concluir que ambas - Herder e Spengler - estão muito interligadas, entre si e no próprio desenvolvimento da cultura ( em geral). O que se pode apreender ao final desta é que infelizmente a CULTURA BRASILEIRA FOI ASSASSINADA pelos europeus, que não conseguiram ver sua beleza, e que também e infelizmente, fomos muito fracos para tentar uma real reação: fomos Macunaíma.

Como disse o mestre: “Macunaíma chegou só depois de muito gesto heróico e muita façanha: a de viver o brilho inútil das estrelas do céu...”

Macunaíma: a teoria histórica do Brasil.
http://www.unicamp.br/iel/site/alunos/publicacoes/textos/m00005.htm

viernes, 29 de mayo de 2009

98ª Sesión de la Conferencia Internacional del Trabajo - Ginebra 3 -19 junio de 2009‏

La juventud trabajadora presenta en la OIT sus reivindicaciones sobre igualdad de género

La Juventud Obrera Cristiana Internacional (IYCW) quiere que la "igualdad de género” sea un elemento central de todas las campañas por el trabajo decente y presenta esta reivindicación en la 98a Sesión de la Conferencia Internacional del Trabajo que se iniciará en Ginebra a principios de junio.

Geethani Peries, Presidenta de la JOCI, Ludovicus Mardiyono, miembro asiático del Equipo Internacional de la JOCI, y Fanny Sánchez, miembro de la JOC del Perú, conforman la delegación de la JOC Internacional en la Conferencia.

Según Geethani Peries, recién elegida presidenta internacional y antigua trabajadora de una zona franca de Sri Lanka, "con esta participación, la JOCI quiere poner las reivindicaciones y los hechos vivenciados por los jóvenes trabajadores en el centro de las discusiones de este foro internacional".

Geethani Peries recuerda que "en la fábrica donde trabajaba habían 600 trabajadores produciendo prendas de vestir para los países europeos y el 99% de la plantilla eran chicas entre 18 y 28 años. Se comenzaba el trabajo sobre las 7h30 de la mañana para terminarse sobre las 10 de la noche, todo ello por un salario base de 18 US$. Las horas extraordinarias no eran pagadas. No teníamos ningún documento oficial que comprobara que estábamos trabajando. Recibíamos el salario en mano... Además las condiciones eran muy pésimas. Respiraba todo el día un polvo muy negro. Me di cuenta que estaba perdiendo peso y me sentía muy cansada."
La 98ª Sesión de la CIT se centrará en el tema del VIH/SIDA en el mundo del trabajo y en la igualdad de género como eje del trabajo decente.

La JOCI viene trabajando estos dos temas importantes desde hace varios años. Muchos movimientos nacionales miembros de la organización realizan actualmente acciones concretas en respuesta a la problemática del VIH/SIDA y sobre la igualdad de género como parte de la campaña de la JOCI en favor de la protección social.

La JOCI piensa que la igualdad de género debe garantizarse como uno de los pilares principales de la protección social.

Según la presidenta de la JOCI, "en esta crisis económica, los jóvenes trabajadores suelen ser los primeros en perder su empleo. Entre ellos, la mujeres jóvenes son las más vulnerables.”

"Es inaceptable que en este nuevo milenio, las mujeres sigamos sufriendo la desigualdad en el lugar de trabajo y en la sociedad. No tenemos las mismas oportunidades de empleo, no hay seguridad de empleo, vivimos una discriminación salarial, estamos confrontadas a diario con la amenaza y la exclusión social asociadas con el VIH/SIDA y estamos obligadas de aceptar empleos que no respetan nuestra dignidad".

"Como movimiento de jóvenes trabajadores debemos actuar hoy para cambiar esta realidad y liberar a la juventud trabajadora en un espíritu de unidad "

Con el apoyo de los miembros del movimiento en todo el mundo, la delegación de la JOCI en la 98ª sesión de la CIT presentará sus reivindicaciones concretas:

1.Igualdad, sostenibilidad y calidad del trabajo: queremos empleos que garanticen la igualdad entre hombres y mujeres, la sostenibilidad del trabajo y su calidad en cuanto a asegurar la dignidad de los jóvenes trabajadores y jóvenes trabajadoras.
2.Igualdad de oportunidades en el empleo: los hombres y las mujeres deben tener las mismas oportunidades de empleo. No debe haber discriminación en función del género.
3.Igualdad en materia de protección social: el alcance de la cobertura social debe ampliarse a las personas que trabajan en la economía informal, a los trabajadores a domicilio y a las amas de casa sin empleo.
4.Igualdad de derechos laborales: queremos una igualdad de derechos económicos, sociales, culturales y políticos para los jóvenes trabajadores y las jóvenes trabajadoras. Esta igualdad debe traducirse en la legislación nacional y llevada a la práctica en el mundo del trabajo.
5.Igualdad de oportunidades en materia de formación y capacitación: Los hombres y la mujeres deben tener las mismas oportunidades educativas.

La JOCI pide a todos los Estados miembros, a la OIT y a las organizaciones sindicales que sigan garantizando la formación de los y las jóvenes a sus derechos y obren juntos por la igualdad de género y la igualdad laboral, la protección social, la seguridad salarial y una educación de calidad para todos.
Recibe un saludo solidario del Secretariado Internacional
Geethani, Arlindo y Augustine
JOC Internacional aisbl
Avenue Georges Rodenbach, 41030
BruselasBélgicatel: +32/2/242.18.11
fax: +32/2/242.48.00

domingo, 10 de mayo de 2009

Uma Homengem para Ronaldo Fenomeno

Um clip bem engraçado que mostra a superação do ídolo Ronaldo, e seu coral (Os Melhores do Mundo), numa forma bem humorada de prestigiar o fenômeno do futebol;

http://www.youtube.com/watch?v=ftMWIb4__Uc

jueves, 7 de mayo de 2009

Bien...

Despues de un largo tiempo lejos
Decidimos volver y ahora es hora de hacer valer el nombre de este blog...
Intentaremos actualizar este blog todos los días si posible.

Viva a la juventud Trabajadora.

Arlindo

domingo, 1 de junio de 2008

Construyendo Sueños y Utopias: La frase del Día

“...Tiempo en que cada limitación humana es solamente una invitación al crecimiento, un desafió a luchar con todas las energías y a intentar algo nuevo, de nuevo y de nuevo y cuantas veces fuera necesario...”[1]
Geraldo Eustáquio Souza

sábado, 31 de mayo de 2008

El Rol que juzgamos en esta sociedad


Exposición sobre la realidad de la juventud trabajadora en Seminario durante la realización del Congreso de Jóvenes y Adolescente trabajadores en el Forun Social Mundial 2006 capitulo Venezuela.
El Rol que juzgamos en esta sociedad
Buenos días a todos y todas.

Es como mucha alegría que estamos acá para la realización de nuestro primero Encuentro Continental de Niños, Niñas, Adolescentes y Jóvenes Trabajadores y Trabajadoras.
La JOC Venezuela ha me invitado a ser integrante de este congreso y en especial de está mesa de discusión. Es una gran alegría poder compartir con ustedes nuestra visión sobre la realidad de los jóvenes trabajadores en América, a partir de la militancia desarrollada por el movimiento JOC, es decir, del contacto y de la acción que desarrollamos con otros jóvenes trabajadores, de las encuestas, investigaciones y análisis que desarrollamos entre, con y para los jóvenes trabajadores.

Me pedieron para hablar sobre la realidad coyuntural y sobre la realidad de la juventud trabajadora, bueno yo escogí un tema/pregunta para hacer está presentación que es: “Cual es el rol que nosotros – en especial los jóvenes – y los/as niños, niñas y adolescentes trabajadores/as considerando sus especificidades – juzgamos en esta sociedad”.

Para hacer me presentación me gustaría hacer el siguiente trayecto.

- Hablar un poco del contexto en que estamos hoy.

- Presentar algunos elementos y datos de la realidad de los jóvenes en América,

- Y provocarles a discutir nuestro rol delante de tal realidad.

Sobre el contexto en que estamos viviendo es importante subrayar que estamos en “...Tiempo en que cada limitación humana es solamente una invitación al crecimiento, un desafió a luchar con todas las energías y a intentar algo nuevo, de nuevo y de nuevo y cuantas veces fuera necesario...”[1] para lograr que nuestros más profundos anhelos sean conquistados.

Nosotros jóvenes estamos viviendo en un contexto histórico de mucha adversidad y muchos cambios. Somos los principales pertenecientes de una generación transitoria hacía la construcción diaria del nuevo siglo y milenio, portadora - directa o indirectamente - de un conocimiento – científico, político, social y cultural - acumulado de la experiencia y historia de la sociedad, que en especial en el siglo 20 vivió profundas y grandes transformaciones que trajeron significativos impactos en la realidad de trabajo y en las condiciones generales de la vida.

Vivemos de forma muy distinta de nuestros padres. Las condiciones materiales – donde vivimos lo que comemos, como nos vestimos, nos movilizamos – y las relaciones sociales, o sea, las relaciones que mantenemos en la familia, en el trabajo, en la escuela, grupos de amigos, iglesia hasta nuestra forma de recreación, ¡son otras! profundamente diferente da vivida por nuestros padres (madre y padre) y aún más distinta da vivida por nuestros abuelos.

Vivimos en una sociedad de consumo, CAPITALISTA así como la que ellos vivieron, todavía una sociedad donde el Capitalismo sufrió un proceso intenso y dinámico de desarrollo. Sin embargo, para garantizar este desarrollo algunas personas tuvieron que pagar y pagar un alto precio. Estas personas son los hijos e hijas de los trabajadores, mas contextualmente los hijos de la clase trabajadora, ¡!!o sea nosotros!!!! ¡! La ultima generación!! No, por una visión catastrófica que vamos a morir - textualmente – mañana (pese a se las cosas continuaren como estás talvez esto ocurra pasado mañana), más porque la mayoría dos que aquí están no tienen hijos, nos haciendo por lo tanto la ultima generación.

Bien, lo que quiero decir con esto es que NOSOTROS LA CLASE TRABAJADORA, HIJOS DE LA CLASE OBRERA, fuimos los principales responsables y al mismo tiempo los principales punidos por el desarrollo tan intenso del Capitalismo
Responsables porque vendiendo nuestra fuerza de trabajo aportamos directamente para el desarrollo material - y porque no decir espiritual - de la sociedad.
Y Castigados, porque con todo el esfuerzo que hicimos no fuimos valorados ni material y aún menos espiritualmente.

La consecuencia es que vivimos en una sociedad que nos presenta todo tipo de comodidad – por señal que nosotros somos los principales productores – que quieren y insisten para que nosotros compremos – ¡!!mas que no podemos comprar!!! y a cada día tenemos que nos preguntar se debemos comprar.

La sociedad del consumo ha nos transformado en voraces turistas del Centro Comercial, como he dicho nos impulsa a comprar, comprar y comprar, mismo sin las condiciones para esto. Sin embargo, el mismo sistema Capitalista sufrí crisis incesantes, principalmente cuando la capacidad de consumo en la sociedad está disminuida. La última crisis del Capitalismo, revelada por tantos estudiosos del asunto, está ocurriendo desde los años 70. El principal aspecto que nos permite hacer está observación está relacionado al que los economistas llaman de "tendencia decresciente de la tasa de ganancia" de los grandes capitalistas – dueños de las grandes multinacionales y impulsadores del sistema financiero internacional. En verdad estás palabras (tendencia decresciente de la tasa de ganancia) a veces difícil y tan distante de nuestra realidad nada más es que decir: “!Por increíble que parezca! Los ricos están ganando menos”, o “están a cada día con más dificultades para ganar y acumular más dinero”.

Para resolver este pequeño problemita está pequeña parcela de la sociedad – aquí hay que destacar no estamos hablando de cualquier rico, más aquellos realmente ricos, porque no decir ¡los podridos en dinero! El Tío Rico (Personaje de Wall Disney, que se baña en el dinero). Aquellos 20% de la población mundial que detén 84% de la riqueza, dejando que los otros 80% de la población mundial peleen por los 16% restantes. Estos, fueron mirando lo que hacer para garantizar el regreso o la manutención de su poder. Para tanto formularon una estrategia a ser implementadas por sus representantes en los gobiernos de diferentes naciones y con la ayuda y presión de los organismos internacionales como FMI, Banco Mundial e intelectuales, además de todos aquellos que creen que el Sistema Capitalista es el mejor modelo, - quizás único - de vida y de organización de la sociedad. Bueno, estos inventaron un tal de "NEOLIBERALISMO", que tiene como objetivo central: Hacer con que las ganancias de los ricos vuelvan a crecer. Para tanto, la estrategia prioritaria fue de exonerar de todas las formas posibles a los empleadores de sus atribuciones con el estado y con los trabajadores, además de buscar facilitar la comercialización de los productos – producidos y comercializados por nosotros en las fábricas, en el comercio, en el trabajo que desarrollamos en la economía informal…

Con estos objetivos claros la agenda para garantizarlos fue colocada en marcha:

- Precariedad y Flexibilización de las leyes del trabajo (aumento de las horas de trabajo, contractos individuales, disminución o aniquilamiento de las leyes que protegen y dan seguridad al trabajador);
- Flexibilización de las leyes de protección de las industrias nacionales; (competencia desleal entre las industrias nacionales y extranjeras)
- Informalización del trabajo (trabajadores/as que venden los productos en la calle, por ejemplo Coca-Cola y que no tienen ningún tipo de protección
- Privatización de las empresas esenciales para el desarrollo del país (Petroleras, Bancos Estaduales, industrias eléctricas y otras…).

En los años 90, casi todos los países de la América Latina fueron gobernados por políticos aliñados con esta propuesta. Fue el tiempo de Menem (Argentina), Fujimori (Perú), Collor y FHC (en Brasil), Lagos en Chile y tantos otros, que funcionaban básicamente como soportes para la implementación de las políticas definidas y orientadas desde afuera – por aquellos que mencionábamos anteriormente: FMI, Banco Mundial, economistas de Hawert (universidad en E.U.A) …

Las consecuencias de la implementación de tal agenda han traído un proceso más agresivo de empobrecimiento de los trabajadores que además de vinieren perdiendo su poder de compra o sea menos dinero en el bolsillo están siendo menos asistidos (salud, educación, jubilación, trabajo…), por el estado.

Sin embargo la reacción vino en las calles. Algunos países con manifestaciones de masa como Bolivia y Ecuador y otros con la elección de gobiernos con orientación hacia el social, miremos nuestro más propositivo, y porque no repetir revolucionario gobierno bolivariano de Venezuela. Además, hoy la mayor parte del América del Sur está gobernada por partidos de izquierda y con las últimas elecciones en Chile y Bolivia estos números de países han aumentado. En algunos casos los cambios tiene sido muy pequeños y graduales. Todavía prevalece un cierto alejamiento en relación a las políticas económicas y sociales adoptadas en especial durante la década de 90.

El panorama puede parecer fértil, pero aún estamos muy lejos de lograr el trabajo y las condiciones de vida digna que tanto anhelamos.

Y en la juventud que impacto tuvimos durantes estas últimas décadas de implementación de la agenda Neoliberal. Para tanto, aprovecharemos de un testimonio de una chica de Guatemala:

Mi nombre es Ana M.L.C., soy originaria de Puerto Barrios, ciudad del departamento de Izabal que se ubica a 300 kilómetros de la capital guatemalteca

Mi vida como trabajadora empieza a los 11 años cuando mis padres se separan, en ese entonces somos 7 hermanos, los dos mayores tienen 16 y 12 años, yo soy la tercera hija, luego estaban mi hermana con 6, dos pequeños con 4 y 2 años y el ultimo que acaba de nacer.

Se dificultaba mucho el estudiar, debido a la realidad que mi familia vivía tomo la decisión de dejar de estudiar. Busqué trabajo durante dos meses y conseguí trabajo en una librería. En este lugar además de hacer los quehaceres domésticos debía atender la tienda y entregar pedidos, el salario era tan solo de 700 Quetzales al mes. Por no aceptar un horario con tiempo disponible completo y el mismo salario me despidió.

Una semana después, empecé a trabajar en un hotel, allí ganaba Q750 al mes. A pesar de que solo descansaba el martes trabaje dos años en ese lugar. Renuncie debido a varios motivos, en concreto, no aceptar mal informar a mis compañeras.

Dos meses después empecé a trabajar en una maquila, por mi experiencia no tuve problemas al ingresar aunque de veinte jóvenes aceptaron nueve y una semana después quedamos tres.

A estas tres jóvenes nos impusieron una meta para determinado tiempo. Esta meta era de seiscientas cincuenta piezas en nueve horas, para obtener un salario por producción de 360 quetzales para quien completara dicha cuota; a esto le descontaban el 10% de IGSS, y el 5% de solidarismo, en esta maquila trabajé 10 meses.

Después de 10 meses cuando menos lo esperábamos desapareció la mayor parte de la materia prima de trabajo, En una estrategia de la gerencia nos organizaron en horario de medio día para cerrar la fabrica y escapar sin pagar ninguna prestación a los y las trabajadoras.

Al ver lo que estaba pasando pedimos una explicación, a lo que no obtuvimos respuesta, fue así como el personal se enteró y tomo las instalaciones. Cuatro horas después un noticiero en una entrevista con la gerente difundió, que teníamos secuestrada a la administración de la empresa”. Con fuerza policía y de autoridades locales fue negociado el conflicto. La 475 empleadas, la mayoría madres solteras, vigilaron durante tres días completos, con el desenlace de un proceso empapelado y sin resolver luego de ocho meses.

La necesidad de trabajar me hice migrar a la capital, aquí un jocista por medio de su cuñado me consiguió trabajo en una empresa de calzado.

Somos 150 trabajadores mujeres y 35 hombres en está empresa. Al principio fue muy difícil adaptarme al trabajo, no conocía a nadie por si fuera poco era la única de primer ingreso y no tenía con quien hablar. El encargado insultaba a mis compañeros. Las horas extra, debido al sueldo mínimo insuficiente, se vuelven casi obligatorias.
Veo a mi familia cada tres o cuatro meses.

En esto nuevo trabajo tengo amistad con un grupo de seis trabajadoras las cuales almorzamos juntas y compartimos experiencia de trabajo, de cómo es el ritmo de la capital, porque llegan los jóvenes a involucrarse en las drogas, como surgen las violaciones de menores, porque la mayoría de jóvenes se alejan de su casa, qué debemos hacer nosotras como jóvenes trabajadoras para alcanzar lo que queremos y que es lo que en realidad queremos, son muchas las cosas que nos preguntamos y muchas las respuestas y a cada respuesta nos damos cuenta que todas no tenemos libertad de expresión.

La realidad presentada Ana debe ser muy parecida con la de todos nosotros presentes en este encuentro. Para demostrar que tales situaciones son repetidas en la vida de una gran parte de la juventud en América recogemos algunos análisis y datos realizados por la CEPAL, para poder ayudarnos en está visión continental de la realidad.

Sobre la búsqueda y conquista de trabajo: (Ver documento sobre la "Caracterización de la inserción laborar de los jóvenes – CEPAL")



Considerando jóvenes con un poco más de edad: (Ver documento sobre la "Caracterización de la inserción laborar de los jóvenes – CEPAL")



Las dificultades para lograr un trabajo también fueron estudiadas por la OIT. En su informe, post su conferencia anual que ha trato específicamente de la realidad de los jóvenes en el mundo - la JOC Internacional ha participado con la presencia de diversos países y aportado en el análisis y elaboración de propuesta y reivindicaciones de la juventud trabajadora – ella sostiene que:

“la debilidad de la mayor parte de las economías para convertir su PIB en creación de puestos de trabajo o en aumento de salarios, junto a una serie de catástrofes naturales y al aumento del precio de la energía, afectan con particular dureza a los trabajadores pobres del mundo. El informe sobre las tendencias demuestra que a pesar del crecimiento de 4,3 por ciento del PIB en 2005, sólo 14,5 millones de los más de 500 millones de trabajadores del mundo en condiciones de pobreza extrema lograron superar la línea de la pobreza de 1 dólar al día por persona”.

La CEPAL es más precisa en los datos para América Latina en relación a la realidad de los jóvenes: (Ver documento sobre la "Caracterización de la inserción laborar de los jóvenes – CEPAL")


Sobre educación y trabajo: (Ver documento sobre la "Caracterización de la inserción laborar de los jóvenes – CEPAL")

El relato de Ana sobre las faltas de condiciones para continuar estudiando y consecuentemente la inserción de jóvenes como ella en trabajos con los más altos niveles de precariedad en el trabajo, también es estudiado por la CEPAL.


De acuerdo con la CEPAL, el número de jóvenes que ha aumentado su nivel de escolaridad ha mejorado. Debido, principalmente - cuestionamos - a las exigencias del mercado de trabajo, al aumento significativo de personas que viven en el área urbana de los países y de los inmensos esfuerzos de las familias para garantizar la escolaridad de los jóvenes. Sin embargo, no es necesario investigaciones técnicas para percibimos que dependiendo de los niveles de pobreza es casi imposible a nosotros jóvenes trabajadores/as de estudiar y trabajar.

“Además, de los más de 2,8 miles de millones de trabajadores en el mundo en 2005, hay 1,4 miles de millones que no ganan aún lo suficiente para elevarse a si mismos y a sus familias por encima de la líea de pobreza de 2 dólares diarios, una cantidad similar a la de hace 10 años, afirma la OIT.”
Además de las pésimas condiciones de la educación publico o de la capacitación para el trabajo que tenemos. Acá aún tendríamos que mencionar el alto nivel de compañeros que logran terminar sus estudios – incluso universitario - y no logran un trabajo.

La precariedad del trabajo

La precariedad en el sitio de trabajo es una de las realidades mas ahogantes que viven los/as jóvenes trabajadores. El hecho de vida presentado por Ana nos posibilita una buena visión de la precarizad en el trabajo, que están sometidos los jóvenes.

- La falta de protección social,
- Los malos tratos en el sitio de trabajo; promovidos por los empleadores o por personas que asumen responsabilidades con encargados;
- Sueldos/salarios extremadamente bajos o con menor valor en relación a los demás empleados adultos;
- Falta de respecto a los derechos históricos de los jóvenes trabajadores;
- Número elevado de horas de trabajo;
- No cumplimiento del derecho internacional a la organización y filiación en organización de representación de los trabajadores.

La CEPAL trabaja con una categorización estratificada en 03 grupos para analizar la precariedad[2]. Hay una serie de elementos interesantes, a ejemplo jóvenes con mayor escolaridad tienden a tener trabajos con mejores salarios y condiciones, incluso que los adultos, todavía al continuar la lectura veremos que está datos representan parcela una pequeña de la juventud del monto de jóvenes trabajadores en América. Así siendo en su mayoría tenemos una baja escolaridad, poco acceso a instrucción profesional de calidad, por lo tanto, trabajando en empleos o subempleos de mucha precariedad. Abajo más algunos elementos para asomar en nuestro análisis.


Lo que hacer delante de esta situación:

“Cual es el rol que nosotros – en especial los jóvenes – y los/as niños, niñas y adolescentes trabajadores/as considerando sus especificidades – juzgamos en esta sociedad”.

Acá hemos que mencionar que nosotros – de la JOC - tenemos la Declaración de Principios y la Tarea de Educación de La JOC como nuestra principal referencia.

Hemos que cambiar nuestras actitudes.

En esta sociedad, todo nos hace pensar como capitalista, como egoísta y individualista. La sociedad nos ha creado pobres pero “capitalistas” en la forma de pensar y comportarnos.
Es indispensable que la masa de jóvenes trabajadores tome conciencia de su situación y la de los demás para que sean posibles los cambios reales y profundos.

Conciencia de la contradicción

Debemos tomar conciencia que nuestra dignidad y nuestras aspiraciones profundas están en contradicción, con las aspiraciones capitalistas – materialistas que nos han metido continuamente en nuestra cabeza y nuestro corazón a través de la publicidad, las informaciones falsas(periódicos, Tv., radio) y el conjunto del sistema de educación que nos transmite los valores falsos que la cultura de la clase dominante nos hace asimilar.

Rechazo de la contradicción

La toma de conciencia de nuestra situación y la de todo el pueblo nos hace repeler la injusticia, querer cambiar. Para eso, es necesario un trabajo de Concientización que despierta a nuestra conciencia dormida, tranquilizada y drogada en la rutina de nuestra ignorancia.
Esta toma de conciencia se adquiere progresivamente. Es a través de la acción que los jóvenes trabajadores se transforman, cambian de mentalidad y su modo de vivir.

Hacemos parte del movimiento obrero

La JOC forma parte, comparte y es portadora de la historia, la lucha los sueños y aspiraciones de la clase obrera, de los oprimidos y los excluidos. Su tarea de educación entre los jóvenes trabajadores es su contribución específica a la construcción de una nueva sociedad.
El movimiento cree que sólo puede instaurarse una nueva sociedad mediante la cooperación de todas las organizaciones y movimientos que defienden los intereses de la clase obrera, de los oprimidos y excluidos. Por esta razón la JOC fomenta la unidad de acción.

Nuestro rol en cuanto individuo en la historia

“El grande hombre (mujer) es grande no porque sus particularidades individuales imprimen una fisonomía individual a los grandes acontecimientos históricos, mas porque es dotado de particularidades que lo tornan un individuo más capaz de servir a las grandes necesidades sociales de su época, que se manifiestan influenciadas por causas generales y particulares…” (Plekhanov – El papel del individuo en la historia).

Por lo tanto, nosotros tenemos mucho que hacer para que las grandes “necesidades sociales” (nuestros más profundos anhelos y deseos), que son impedidos de ser realizados por la óptica y voracidad del capital (“causas generales y particulares”), sean nuestra mayor motivación para que logremos hacer avanzar nuestras acciones en esta incesante búsqueda del sentido más profundo de nuestras vidas y el derecho al trabajo justo para todos y todas.

Documentos utilizados para complementar el análisis


Schkolnik, Mariana - Caracterización de la inserción laborar de los jóvenes – CEPAL – Serie Políticas Sociales – febrero de 2005.

Resume del Informe de las Tendencias Mundiales de Empleo, Enero 2006, Oficina Internacional del Trabajo, Ginebra – pag. Internet: www.ilo.org/public

Paulo, Nogueira Batista Jr, Washington está perdiendo la América –Latina? - Periódico Folha de São Paulo – sesión Opinião Econômica – 26 de enero 2005.

Juventud Obrera Internacional, Documento Básicos - Tarea de Educación.

Plekhanov , El papel del individuo en la historia - Editora Expresión Popular – Sao Paulo.
[1] Geraldo Eustáquio Souza
[2] Para el análisis se consideran tres estratos principales: categorías de baja productividad (empleado y obreros en empresas de 5 personas o menos, servicio doméstico, trabajadores por cuenta propia no profesionales y familiares no remunerados), categoría de empleados y obreros no profesionales en empresas de más de cinco personas y finalmente la categoría de empleadores, directivos y profesionales. Schkolnik, Mariana - Caracterización de la inserción laborar de los jóvenes – CEPAL – Serie Políticas Sociales – febrero de 2005.– pag. 34